segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Eu queria aprender a tocar piano. O som é bonito. Rita de Cássia

sábado, 29 de novembro de 2008


Não é certo ele engolir todas as coisas, nem querer tudo pra si.
Rita de Cássia.


Teve que subir numa escada e chamar gritando, mas mesmo assim não conseguiu ver Deus. Pra falar com Deus precisa orar e ter fé. Rita de Cássia e prof(a) Silvia.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Mancala

Este é o nome atribuido ao conjunto de jogos em tabuleiro surgidos na antiqüíssima África e difundidos pelos árabes, a quem deve-se o nome naqala (ou seja mover).

Jogamos uma partida com o tabuleiro que levei.
Valeu

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Vai um Haicai, aí?

Sonia, Maria Soares e Rita de Cássia conheceram, na nossa sala de estudosos, famosos "Haicai", poemas em três versos que, as vezes podem ser lidos de frente para trás, ou vice-versa. Sempre combinam rimas e duplos sentidos das palavras e seus significados.
Herdada da tradicional cultura japonesa. Bashô foi o poeta responsável por transformar a antiga forma de fazer piadas e deboches em reflexões espirituais
Ploc! Uma rã pula
no silêncio da lagoa
e o silêncio ondula.

Casca oca
a cigarra
cantou-se toda

No Brasil, o poeta e escritor, Paulo Leminski é um dos feras que muito brincou com esta forma de fazer poesia.

Amar é um elo
entre o azul
e o amarelo

amei em cheio
meio amei-o
meio não amei-o

tudo dito
nada feito
fito e deito.

confira
tudo que respira
conspira.

carma, é a vida
quanto mais longa
mais cumprida

O grupo disse que gostou muito das poesias. Elas também gostaram de ouvir as poesias que eram lidas, relidas e comentadas. Foi uma viagem, cheia de sons feitos com nossas bocas.
Valeu.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Lemos um conto do Fernando Sabino, A Fuga

Cada aluno recriou um final para a história.
"Eu vou ficar aqui na sala brincando de esconder. Eu não vou incomodar o meu pai".
Hamilton
"Meu filho fugiu de dentro da loja "As barateiras" com dois aninhos. Desesperada procurei por todos os lados. Então uma mulher entrou na loja dizendo que tinha uma criancinha perdida no terminal. Aliviei, mas a mulher não queria entregá-lo achando que eu estava mentindo. O gerente teve que confirmar que me vira entrar na loja com o menino. Peguei meu menino e não sabia se beijava ou batia, no fim dei um abração chorando muito".
Janete e Maria.
Eu vou ficar na sala bem quieto. De tão quietinho que ficou que dormiu.
Sônia.

Exercitando


segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Para sentir-se melhor


Eu tenho azia e pressão alta. Tenho um monte de exames para fazer. Do coração, do estômago. Eu vou me curar.

Rita de Cássia Paranhos

matematizando a tabela

Construímos uma taboada na forma de tabela com cruzamento de linhas.

Observando a tabela extraímos duas regras da operação da multiplicação. Falta registar a regra que diz que a ordem dos fatores não altera o produto.
Fizemos o painel. Precisamos problematizar.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Origem do Feijão-preto

Feijão-preto: variedade sul-americana, fazia parte da dieta dos guaranis que o chamavam de comanda, comaná, cumaná; a palavra feijão é portuguesa, escrita a primeira vez no século XIII. O pretinho caiu no gosto dos portugueses e junto com a mandioca e carne cozida sustentou as famílias de paulistas. O feijoeiro contribui para fixar as populações. Era cultura doméstica e ficava a cargo das mulheres da família. A cultura espalhou-se pelo país durante os séculos XVIII e XIX, e qualquer lar humilde tinha o seu ”roçadinho” de domínio feminino. Foi observado por todos os viajantes que descreveram os hábitos alimentares nacionais.
A feijoada é uma adaptação portuguesa aos tradicionais pratos europeus que misturavam vários tipos de carnes, legumes e verduras como a paella, casoeula, cozido ou o cassoulet. O uso das partes como orelhas, pés e rabo do porco nunca foram restos. Eram alimentos apreciados pelos europeus, para a senzala a mistura era bem simples feijão com farinha.
Retirado da revista nossa história fev. 2004 Breve história da feijoada, de Rodrigo Elias.

Bibliografia
1. “De caçador à gourmet: uma história da gastronomia”. Ariovaldo Franco. Editora Senac. São Paulo. 2001
2. Matéria A viagem dos Sabores, Fernanda de Castro, revista Galileu, agosto 2003-09-11.
3.“A viagem dos sabores. Ensaio sobre a história da alimentação (séculos 9–19), edições Inapa. 1998
4. Retirado da revista nossa história fev. 2004 Breve história da feijoada, de Rodrigo Elias

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Projeto Bíblia

A palavra bíblia chegou até nós através dos gregos da Antigüidade. Para satisfazerem as suas necessidades de escrita, os gregos compravam folhas de papiro do povo comerciante da cidade de Biblos, na Fenícia. Passaram a chamar as folhas de papiro de biblos. Com o tempo virou bíblia, que passou a significar livro.

Bíblia no Mar Morto


O mar Morto é na verdade um lago que fica entre Israel e Jordânia, no vale do rio Jordão, onde João Batista batizou Jesus Cristo. De tão salgadas, suas águas não abrigam nenhuma forma de vida, com exceção de microorganismos.


Pote de barro encontrado nas ruínas da comunidade dos essênios.

Sob as ordens do imperador Tito, os romanos arrasaram Jerusalém no ano 70 e destruíram o segundo Templo dos judeus. O trecho do Muro Ocidental que restou dos escombros é chamado de Muro das Lamentações: neles até hoje os fiéis rezam e lamentam a destruição de seu lugar sagrado.

Os judeus essênios se espalhavam por todo Israel, mas o grupo que se isolou na comunidade do mar Morto vivia retirado no deserto sob rígida disciplina. Concentravam-se no estudo das escrituras sagradas do Torá e seguiam estritamente as regras de conduta ditadas por Moisés.

Estes pergaminhos de pele de cabra e ovelha estavam envoltos em panos de linho, escondidos em jarros de barro nas cavernas de Qumran, Israel. Alguns rolos encontravam-se praticamente intactos, e outros, despedaçados, formando um intrincado quebra-cabeças.


A primeira bíblia

Com 2 mil anos, os pergaminhos encontrados no deserto de Israel são os mais antigos textos bíblicos conhecidos. Cercados de mistérios, os Manuscritos do Mar Morto descrevem o cotidiano dos judeus da época. Parte desse tesouro religioso será exposta no Brasil.

Os Manuscritos do mar Morto constituem a maior descoberta arqueológica do século 20, segundo os estudiosos. Os pergaminhos reúnem os mais antigos documentos bíblicos já encontrados e os textos que descrevem o cotidiano de uma comunidade que há 2 mil anos vivia isolada no deserto de Qumran, em Israel, e cujas práticas foram absorvidas pelo nascente cristianismo. Essas preciosidades poderão ser vistas no Rio de Janeiro e em São Paulo, no segundo semestre deste ano.

Os pergaminhos de pele de cabra e ovelha, embrulhados em panos de linho, foram descobertos acidentalmente por um pastor de uma tribo de beduínos, em 1947, dentro de jarros de barro escondidos em cavernas. São cópias de trechos do Antigo Testamento e descrições das crenças e dos costumes dos essênios, uma seita judaica que viveu há 2 mil anos na região do mar Morto. “Os manuscritos permitem conhecer o judaísmo dos tempos de Jesus Cristo baseado em documentos da época”, explica Pedro Lima Vasconcelos, professor do departamento de teologia e ciência das religiões da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Escavações que duraram cerca de dez anos desenterraram quase mil manuscritos em aramaico, hebraico e grego. Alguns rolos foram recuperados praticamente inteiros, e outros não passavam de fragmentos que formavam um imenso quebra-cabeças. Os documentos resistiram à passagem dos séculos graças ao clima árido e à baixa umidade relativa do ar do deserto, que fica a 25 km de Jerusalém, capital israelense.

Biblioteca oculta
A cerca de 800 m do local das cavernas onde estavam escondidos os pergaminhos, os arqueólogos encontraram as ruínas da comunidade dos essênios, que viveram na região aproximadamente 200 anos, incluindo um mosteiro e um cemitério com mais de mil túmulos. “Os documentos provavelmente formavam a biblioteca da comunidade e foram guardados nas cavernas para serem salvos da destruição que os romanos impingiram a Israel no ano 70”, explica o professor Pedro Lima.

O manuscrito mais antigo foi confeccionado no ano 168 a.C. A data é confirmada por outros artefatos encontrados nas escavações, como vasos, potes e utensílios de pedra e cerâmica, moedas. Cerca de 80 dessas peças poderão ser vistas no Brasil. Os pergaminhos e objetos exibidos aqui fazem parte do acervo do Instituto de Antiguidades de Israel. Outra parte pode ser vista no Museu Israel, em Jerusalém.

Os achados do mar Morto agitaram a comunidade científica, pois os pergaminhos poderiam constituir a primeira prova concreta da existência de Jesus Cristo, já que tudo o que se sabe sobre sua vida se resume a relatos orais descritos nos Evangelhos do Novo Testamento.

Alguns estudiosos chegavam a defender a teoria de que Jesus tivesse vivido um período entre os essênios. Mas nenhum texto faz menção ao mestre. “São João Batista pode ter tido algum contato com essa comunidade de essênios, pois ele batizava no rio Jordão, bem perto dali. Mas essa hipótese é impossível de ser comprovada”, esclarece Pedro Lima.

Houve também muita especulação sobre misteriosas revelações contidas nos pergaminhos, que ainda hoje permaneceriam secretas por ordem das autoridades. Como também essa teoria não foi confirmada, os manuscritos podem ser admirados como um dos maiores tesouros religiosos do mundo.

Para saber mais
Exposição
• Pergaminhos do Mar Morto: um Legado para a Humanidade. Museu Histórico Nacional, Rio de Janeiro, de 20 de agosto a 9 de outubro de 2004, e Estação Pinacoteca, São Paulo, de 29 de outubro de 2004 a 30 de janeiro de 2005.

Livros
• Os Manuscritos do Mar Morto Hoje, de James C. Vanderkam (ed. Objetiva)
• 101 Perguntas sobre os Manuscritos do Mar Morto, de Joseph Fitzmyer (ed. Loyola)
• Os Manuscritos do Mar Morto, de Geza Vermes (ed. Mercuryo)

Gutenberg, a impressão gráfica, a Bíblia e a internet

Velino, 1638
Pergaminho alemão, 1568



Até meados do século XV, a reprodução do conhecimento se fazia essencialmente através dos monges copistas, pontuados em algumas dezenas de mosteiros e universidades.
Em 1455, o ourives alemão Johann Gutenberg (c. 1437-1468) inventou a tipografia, cabendo-lhe o mérito de ser o primeiro (pelo menos no Ocidente) a utilizar tipos móveis metálicos feitos de uma liga especial de chumbo, estanho e antimônio. Ele projetou um novo tipo de prensa, baseado naquelas usadas para espremer uvas. Preparou uma tinta especial, à prova de borrões. Esse sistema operacional de impressão funcionou tão bem que perdurou praticamente inalterado até 1811, quando outro alemão, Friedrich Koenig, substituiu a mesa de pressão por um cilindro com acionamento a vapor e capaz de imprimir a fantástica tiragem de 1.100 cópias por hora.
Nessa época, a Europa possuía cerca de 50 milhões de habitantes. Só 15% sabiam ler, pois raramente conseguiam livros. O engenho de Gutenberg se propagou espantosamente e fez dobrar em poucos anos o número de europeus alfabetizados. Em 1500, já circulavam meio milhão de livros.
Era digital
Segundo o Ibope, atualmente, 80% dos brasileiros usuários da rede são das classes A/B; 16% da classe C; 4% das classes D/E. O alento vem por conta do aporte de novos internautas na população menos aquinhoada: 50% de crescimento na classe C e quase 100% nas classes D/E nos últimos dois meses. "
Estudo da ONU relata que apenas 5% da população mundial usa o colorido mundo do www e que, em apenas seis países (EUA, Japão, Reino Unido, Alemanha, Canadá e Itália), concentram-se 82% dos internautas do mundo. Destarte, é falaciosa e prematura a assertiva de que o acesso on-line representa um poderoso nivelador de oportunidades entre ricos e pobres. O gueto tecnológico e a estrutura de desigualdades socioeducacionais entre os países permanecem inalterados.
Nos EUA, são 135,7 milhões de conectados. Em contrapartida, o número é praticamente nulo em Camarões, Congo, Angola, Argélia e Burundi.

Historia da Escrita

Historia da Escrita

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Bíblia

O que sgmifica a palavra bíblia?
Bíblia significa livro para os gregos, palavra incorporada ao grego no contato com os comerciantes e navegadores da cidade Fenícia de Biblos. Os gregos passaram a chamar de biblon os papiros vendidos por esse povo. Com o tempo passou a designar os livros.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Surgindo um novo assunto.

Ontem fiquei muito feliz como professora. O Hamilton em sua casa decidiu praticar sua leitura e escrita. Abriu o livro do primeiro segmento da EJA e, por acaso, o texto que surgiu falava em democracia e eleições. Ele o copiou em seu caderno e no início da noite mostrou-me a sua produção. Interesse surgiu afinal o segundo turno da eleição para prefeito será no domingo próximo. Coincidência? Interesse motivado pela conjuntura? Antigo interesse pessoal? A sintonia do acaso nos chamou a atenção e gerou nossos comentários.
Passamos a ler o seu registro e percebemos que faltavam palavras. Contou-me que desconfiava da existência de erros, pois ele fez esse trabalho em meio as suas filhas crianças que também faziam seus deveres escolares em meio a tumultos, confusões e solicitações. O mais interessante aqui foi perceber a saudável existência de um ambiente familiar onde o estudar é compartilhado por todos os pares. Fantástico. Tendo o ambiente favorável os processos de aprendizagem intelectual acontecem baseados em estímulos positivos.
Não terminamos de ler tudo. Percebemos a importância de estudarmos juntos o texto e de socializar com a turma o assunto encontrado por Hamilton. Combinamos para o dia seguinte realizar este trabalho.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Janete escreveu:

A menina fez uma cirurgia no coração. Ela é minha sobrinha.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Onde está o poder divino?

Uma velha lenda hindu conta que houve um tempo em que todos as pessoas eram deuses. Mas elas abusaram de sua divindade de tal forma que Brahma, o mestre dos deuses, decidiu tirar-lhes o poder divino e escondê-lo num lugar onde seria impossível recuperá-lo.
O grande problema foi então encontrar um esconderijo.
Os deuses menores foram convocados a reunirem-se em um conselho para resolverem o problema e propuseram:
- Enterremos a divindade dos humanos na terra.
Mas Brahma respondeu:
- Não, isso não é suficiente, porque o humano cavará e a encontrará.
Então os deuses replicaram:
- Neste caso, lancemos a divindade no mais profundo dos oceanos.
Mas Brahma respondeu novamente:
- Não, porque, mais cedo ou mais tarde, o humano explorará as profundezas de todos os oceanos, e é certo que um dia ele a encontrará e a trará à superfície.
Então os deuses concluíram:
- Nós não sabemos realmente onde a esconder, porque parece não existir, sobre a terra ou dentro do mar, lugar algum que o humano não possa atingir um dia.
Então Brahma disse:
- Eis o que faremos com a divindade do homem: nós a esconderemos no mais profundo dele mesmo, porque esse é o único lugar onde ele não pensará jamais em procurar.
Depois dessa época, conclui a lenda, o homem fez a volta a terra, explorou-a, escalou, cavou e mergulhou à procura de algo que se encontra nele mesmo.

Este é Brahma, o deus hindu da criação.


Se eu quero ser eu mesma preciso ser honesta comigo mesma. (Janete)

Brahma escondeu o poder divino dentro dos humanos. Então nós precisamos procurar em nós mesmos. (Sonia)

A moral é que pessoas confiem nelas mesmas. (Hamilton)

terça-feira, 14 de outubro de 2008

concretismo

as palavras formam desenhos que brincam com as imagens ou idéias.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Abrindo janelas

Se não me falha a memória, a última vez em que eu chorei foi porque...
Quando estou preocupado, diante de uma situação nova, geralmente eu...

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Ensino de geometria

Abrindo janelas...

1. Tenho muito medo de...
2. Ás vezes eu me sinto como se...
3. Quando penso na morte, eu...
4. Produzo muito mais, quando...
5. Agora, estou querendo muito...
6. No dia do meu aniversário eu...
7. Sinto-me mais feliz quando...
8. Tenho uma vergonha enerome de...
9. Fora do ambiente de trabalho, eu...
10. Minha maior esperança é, um dia,...
11. Num grupo estranho, sinto medo de...
12. As normas sociais me fazem sentir...
13. Quando penso no futuro, eu me vejo...
14. Quando sou repreendido injustamente, eu...
15. Quando tenho uma grande dificuldade, eu...
16. Sinto-me mais próximo de alguém quando...
17. Quando alguém fica muito magoado comigo, eu...
18. Quando, num grupo, alguém fala o tempo todo, eu...
19. Quando criança, eu pensava que mundo...
20. Uma pessoa para ser minha amiga, tem que...

Impressões geradas no estudo






Sonia Regina Clemente
Ele fez muitas coisas. Foi matemático, pintor, inventor, músico, escultor. Gostei da obra Batismo de Cristo.

Hamilton Agenor Vieira
Ele fez muitas coisas boas. Foi pintor, desenhista. Ele foi escultor. Gostei da obra a Madona Benois.

Simone Passos
Foi um dos grandes pintores do mundo. Foi construtor de máquinas. Me chamou a atenção a obra da Madona.

Leonardo da Vinci





quarta-feira, 25 de junho de 2008

Primeiras impressões

Registro coletivo das impressões da leitura de partes do texto poético Morte e Vida Severina (1954-1955) e das imagens da série Retirantes de 1944 de Cândido Portinari. Turma de Letramento inicial, prof.a Silvia Gimeno, 12 de junho, de 2008.

Severino representa o povo que mora numa região muito pobre do sertão do Brasil. Eles não têm documentos, nem sobrenomes. São magros e desnutridos. Levam uma vida sofrida.
A terra é pobre, “ossuda” e seca. E muitos não têm nada, não têm a propriedade da terra que dá para plantar. Alguns sonham e outros lutam por um pedaço seu. Muitos morrem por terem lutado pela terra.
A poesia é bonita. As palavras chamam a atenção da gente. Falam das pessoas muito sofridas e nos deixam emocionados e comovidas.

Antes da produção coletiva os alunos criaram seus próprios comentários escritos. Desta produção individual surge o conjunto “Frases Soltas”:

“Severino é muito pobre.”
“Morreu de fome.”
“Mora no campo.”

“Ele era um cara que tinha uma terrinha pra se enterrar.”

“Severino ia passando e viu aquela cantoria louvando um morto e parou para assistir.”

O conjunto "Frases Soltas" sugere uma releitura aos professores Álvaro (artes) e Silvia.

Severino é muito pobre.
Morreu de fome.
Mora no campo, sujeito homem.

Pra Severino, terrinha boa
só pra se enterrar.
Cova nem larga nem funda
com direito a velório com cantoria
é o que iria encontrar.

Quem diria! Severino contando da
morte e assistindo o morto
poesia e melodia pra gente traria.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

A turma de letramento inicial da EJA do Itacorubi está lendo “Morte e Vida Severina” , texto poético, (1954-1955), de João Cabral de Melo Neto. A idéia não é original. Mas é impossível não ceder a tentação de ilustrar e ambientar o texto usando as telas da série Retirantes, 1944, de Cândido Portinari.
Enterro na rede
Retirantes.
Criança morta.

sábado, 31 de maio de 2008











foto 1867, rio Japurá, no Amazonas











fotografia de 1876 mostra índios coroados na região de Curitiba

sexta-feira, 18 de abril de 2008

hamilton comenta

EU GOSTEI MUITO DO VELHO. O VELHO NA PEÇA DO TEATRO ELE FOI ATRAS DO RAPAZ QUE HAVIA ENCONTRADO UMA PEDRA BRILHANTE. ESTA PEDRA TINHA O PODER DE FAZER A PESSOA MAIS JOVEM SE ELA FOSSE PARTIDA. DIANTE DA ESCOLHA O HOMEM VELHO DECIDE NÃO REJUVENESCER. A BELEZA DESTA DECISÃO FICOU COM AS SUAS PALAVRAS. Meu corpo, minhas marcas são a minha história, a minha identidade. Seria uma traição perder isso.

terça-feira, 1 de abril de 2008

João

João Gabriel Evangelista. Eu estou me apresentando para meus amigos da escola. Faço alfabetização. Eu vou aprender a ler. Sou cearense. Função pedreiro. Idade 43 anos.Eu tenho três filhos que gosto muito e da esposa também. Pra chegar até aqui eu sofri muito. Mas estou feliz. Quero fazer uma carta para meus amigos. Por que eu falo muito? Porque não sou mudo.

Hamilton

Eu estou me apresentando pra meus calegas da vida. Meu nome Hamilton Agenor Vieira. Eu tenho 47 anos. Tenho 04 filhos. Eu tô muito feliz.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Olá

Aqui nós vamos viajar, trocando idéias, opiniões... aprendendo... sempre...
Muito axé. Silvia, professora de letramento inicial na EJA Leste II, Itacorubi.